Diário
domingo 08 de maio, 2016
Eu acredito, e tu?!
Eu acredito , e tu?!
Comecei por brincar que as pernas tremiam, não pelo nervosismo, mas pelo frio que sentia… o mar estava muito agitado, mas o vento calmo e os corações palpitavam de alegria… o amor estava ao rubro e sentia-se bem o calor nos corações que sorriam abertamente! E os noivos, mais belos era impossível. Algumas lágrimas escorreram ao vê-los tão rendidos ao poder do amor.
As minhas palavras não podiam ser mais românticas e poéticas ao falar de amor… se o budismo acredita no amor romântico? Não sei, mas eu acredito! Acredito que é possível amar de forma cada vez mais autêntica , de transformar o apego em felicidade interna, o desejo em êxtase puro… Acredito na sabedoria do amor em ver tudo belo e transformar a dor ou os obstáculos em alegria e felicidade… Acredito que amor não é sofrimento, mas se com o amor vier também sofrimento, não vou fechar o meu coração só para evitar riscos… Acredito na magia do amor em fazer acalmar as ondas agitadas da mente e, sem esforço, meditar… Acredito que quanto mais amo, mais posso reconhecer a natureza de amor do outro… e quanto mais reconheço a natureza de amor do outro, mais posso reconhecer a minha própria natureza de amor… Acredito que amar é dar espaço, é sentir espaço, é ser espaço, é render, é ser livre… mas também é sentir plenitude, é ser consciência plena, é o quentinho no coração e é a paixão e brilho nos nossos olhos.
No final , no momento das benções, o vento soprou ferozmente e muitas gotas do mar abençoaram-nos a todos com toda a sua força… eu invadida por essa força rodava a seta pelos noivos, ao som dos mantras e as fitas das cinco cores esvoaçavam em todas as direções… e logo a seguir o vento misturava-se com as pétalas brancas e alguns grãos de arroz, lembrando-nos que não há amor sem liberdade… sim, acredito que amar é sair do medo, é ter a coragem de nos libertarmos das crenças limitadoras… acredito que amar é regressar a casa, à nossa natureza mais profunda e inata… Acredito que amar é única forma de sermos corações naturalmente belos, corajosos, generosos, felizes, sábios…
E assim foi o segundo casamento inspirado na tradição budista que celebrei… Porque eu acredito, e tu?!
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