Numa época que nos chama a implementar reformas, desfazendo de crenças, libertando padrões, quebrando estruturas, explorando novos caminhos, as mulheres precisam de modelos que lhes possam servir de inspiração.
Mas como Tara Verde, tão antiga como o próprio patriarcado, pode ser um exemplo para a mulher moderna?
A história de Tara Verde e tudo o que Ela emana é ao mesmo tempo um arquétipo feminino urgente para a psique e emoções na mulher e também uma deidade desperta que nos guia – interna e externamente - com a Sua sabedoria e compaixão.
Tara Verde, através da Sua bela história inspira-nos a sermos arrojadas, a quebrar com tabus e a seguirmos as nossas verdades, mesmo que à nossa volta as verdades sejam outras.
Foi uma mulher que prometeu não só despertar num corpo feminino, mas também nunca deixar de encarnar como mulher.
Tudo isto numa época de grandes mudanças sócio-culturais na Índia, quando ressurgiu o Tantra Feminino através de diferentes mulheres, todas muito sábias, corajosas, livres, descendentes de tribos ancestrais femininas.
A própria imagem de Tara Verde como deidade desperta, revela muitos significados através dos seus símbolos, cores e sons.
Nada é por acaso! ...e a sua visualização, entoação ou os seus gestos é uma arte ancestral muito feminina.
É a arte de através da pratica dessa visualização (Yoga Deidade), sons (Mantra Yoga) e gestos (Mudra Yoga) despertar dentro de cada um(a) diferentes qualidades que nos são inatas.
Em cada símbolo vive um significado muito especial.
Cada símbolo é um poder.
E através dum símbolo temos a oportunidade de aceder a um espaço de empoderamento e de despertar que de outra forma é muito mais difícil.
Porque um símbolo é um portal que separa o mundo da forma, do mundo da não-forma.
Cada peça de roupa traz um significado.
Em cada adorno vive uma qualidade.
Em cada gesto há vida.
E cada som desperta dons.
Toda a prática ou sadhana ensina-nos a recordar o que já somos, mas que nos esquecemos constantemente.
Devolve-nos o sentido de equanimidade como base para gerar amor, bondade, compaixão.
Recorda-nos que a compaixão sem ação não tem raízes. Mas também que só ação sem compaixão é egoísmo.
Ensina-nos sobre a Morte, Nascimento, Vida, Morte e Renascimento. Ajuda-nos a confiar e a sair do medo.
Desperta internamente o nosso potencial de cura. Cura interna, mas também cura para quem mais precisa.
Quando nos imaginamos como Tara Verde, pratica-se a sensação de estar num estado de compaixão desperta. E cada momento da meditação é um processo de consciência corporal.
Quando a imaginamos à frente, separada de nós, então Ela é a nossa guia. Desenvolvemos uma relação cada vez mais íntima.
Chega a um momento que não há separação. Ela sou eu. Eu sou Ela.
Usamos todos os nossos sentidos internos para criar a imagem de Tara Verde – toque e sensação corporal, som e cheiro.
Geralmente chamamos visualização, mas uma melhor palavra é sensualização!
Num sonho é o nosso subconsciente que envia mensagens ao consciente.
Quando meditamos em Tara Verde, faz-se o processo inverso... enviamos a imagem de Tara Verde às camadas mais profundas do nosso ser para que cada célula, cadeia de DNA e todo o corpo subtil se possa recordar do que é e libertar do que não é.
Poderíamos pensar que somos idiotas ao pensar que uma simples visualização tem tanto poder. No entanto, através desse processo imaginativo podemos explorar, vivenciar e permitir que os nossos poderes criativos nos conduzam a novas descobertas. Através da meditação, permitimos que a “imaginação” penetre níveis profundamente viscerais para integrar e incorporar estados saudáveis de ser.
Tara Verde emana luz verde não apenas porque é a cura do coração, mas também porque Ela é a Grande Aliada Verde. Protetora das florestas, plantas e toda a Natureza, representa a harmonia com todo o planeta terra.
O planeta grita de dor ao ser destruído, envenenado, manipulado pelo Homem. A ganância do ser humano não tem limites e a destruição é avassaladora.
A biodiversidade e os ecossistemas estão em perigo, assim como os solos, as águas e todos os seres, sem exceção.
Tara Verde é Ambientalista. Um dos seus títulos é Khadiravani: guardiã das florestas.
A sua ação compassiva estende-se às árvores, plantas e todos os seres.
Mas Tara Verde também trabalha habilmente com a cura emocional.
Ensina-nos a abraçar as emoções com amor e compaixão como uma mãe abraça o seu filho.
Também nos ensina a não nos afastarmos do mundo para encontrar a nossa espiritualidade.
Ao contrário, incentiva-nos a viver cada aspecto mundano com magia e mistério.
Como mulheres nesta sociedade patriarcal esse é um dos maiores desafios... como viver em harmonia todos os aspectos de ser mulher - as relações amorosas, a sexualidade, a maternidade, o trabalho, as relações, a natureza, os ciclos naturais e a espiritualidade feminina - no dia a dia?
Nenhum exclui o outro, cada um tem o seu lugar, a sua magia e mistério.
Tara Verde reconhece a nossa sabedoria e bondade, mesmo quando nós não temos essa capacidade; ama-nos apesar das nossas confusões.
Como mãe de todos os Budas, Tara Verde é também a nossa mãe.
A mãe bondosa, carinhosa, protetora, que dá colinho quentinho e nos acolhe nas horas boas e más.
Ela emana todas as qualidades da Mãe Natureza e como o vento é muito rápida a responder.
Tara Verde é linda, sorridente, “atraente para o coração”. O prazer e a alegria são fontes de vitalidade apesar de trazermos gravado nas nossas células que o sofrimento é sagrado.
Como deidade desperta, Tara Verde obviamente tem uma presença forte, com uma identidade muito marcada. Esse “eu” não se evaporou por ser iluminada.
Ainda se tornou mais poderosa, mais capaz de agir com habilidade compassiva e presença amorosa.
Ela é um "eu" resiliente, que pode estar totalmente presente no mundo, ao mesmo tempo que reconhece a sua natureza vazia – o ventre cósmico de toda a criação – e sentimos isso através do seu corpo radiante de luz verde.
Om Tare Tuttare Ture Soha
Retiro Online de prática e ensinamentos de Tara Verde
21 e 22 Novembro
Programa Online via Zoom & Crowdcast:
Dia 21 Novembro, sábado:
* 10:00 às 12:30 - Quem é Tara Verde? (contexto histórico, significado de cada símbolo) *
* 15:00 às 16:30 - Explicação detalhada de cada parte da Sadhana *
* 16:45 às 17:30 - Introdução aos mudras *
* se não puderes assistir em direto, podes ver a gravação através do Portal Online
Dia 22 Novembro, domingo:
* 10:00 às 12:30 - Os Mudras das Oferendas a Tara *
* 15:00 às 16:30 - Transmissão da Sadhana Completa pela Crowdcast *
* 17:00 às 18:00 - Celebrar o dia de Tara Verde *
* se não puderes assistir em direto, podes ver a gravação através do Portal Online
Podes aceder à gravação através do Portal Online até ao dia 30 Novembro.
No Portal Online terás acesso aos seguintes conteúdos:
* manual da Sadhana para descarregar
* áudio da Sadhana para descarregar
* gravação das sessões
* vídeo a demonstrar os mudras
Terás acesso ao Portal Online até dia 30 Novembro.
Ainda poderás fazer parte dum grupo permanente de WhatsApp, chamado Tara Verde, para que possamos partilhar as nossas vivências com Tara Verde e motivarmo-nos para a prática regular.
Contribuição: 52€
Nota: quem já participou na transmissão presencial pode beneficiar de 50% de desconto - para isso, basta contactar-me para receber o voucher de desconto.
Inscrições: aqui
Om Tare Tuttare Ture Soha
Ó Sublime Tara, princesa da Lua, protectora das florestas!
Vem até mim, traz luz ao meu coração.
A tua energia tudo cura.
A tua compaixão tudo transforma.
Estás fora, mas também vives dentro.
Canto o teu mantra e te fazes presente.
Possa eu honrar sempre o teu nome.
E com devoção espalhar o teu amor.
Om Tare Tuttare Ture Soha