Já lá vai uma semana de férias com bom sol, mar e, principalmente, descanso. A cada dia que passa sentimo-nos mais próximos, íntimos e cúmplices de uma vida que queremos partilhar a dois.
Há momentos para desabafos, partilhas, curas emocionais... outros só para rir, olhar nos olhos, brincar como duas crianças a explorar a vida com curiosidade e inocência. E em ambas as situações, sentimos que nos amadurecemos como indivíduos e dentro da relação.
Mas com a intensidade dos dias, um começa a exigir do outro o que precisa e começa a ser sentida uma tensão vinda de um vazio sem explicação.
E numa conversa entre dois adultos, concluímos que ambos estávamos a cair em padrões antigos... as mesmas histórias já vividas no passado, com outras pessoas, outras circunstâncias, mas os mesmos jogos emocionais e energéticos e, por isso, em termos absolutos a mesma história, as mesmas emoções.
A polaridade sexual estava novamente a ser comprometida à custa dos nossos medos... um quer amor e, sem saber, cai numa manipulação emocional... o outro agrada apenas para corresponder às expectativas do outro e deixa de ser autêntico... um precisa de espaço, mas deixa de o expressar para não ser mal interpretado... o outro sente a rejeição e sente-se não amado... E num ciclo de mal entendidos que crescem num espaço sem autenticidade, centrado no medo, nasce uma bola de neve de irritabilidade, emoções desprovidas de amor e uma tensão que não nos permite relaxar na nossa essência sexual – aquela que nos faz sentir atração um pelo outro.
Mas a empatia, compaixão e amor faz-nos abrir à vulnerabilidade, rendermo-nos aos sentimentos mais puros que nos unem, cedermos os nossos egos.
Numa comunicação onde já existe um conhecimento e sabedoria sobre o que é a polaridade, autenticidade, intimidade e maturidade, abrimo-nos a um espaço para entendermos o que está a falhar. E em abertura total expressamos quais as nossas necessidades, os nossos medos e os nossos desejos...
No final, estávamos mais relaxados, a tensão diminuiu, mas as necessidades continuavam... decidimos tirar o dia para cada um em separado. E cada um seria responsável por se auto-nutrir a todos os níveis: físico-energético-emocional-mental.
Combinamos um ponto de encontro para irmos jantar e termos uma noite romântica. Prometemos não termos expectativas para essa noite e o nosso único compromisso era encontrarmo-nos como se fosse a primeira vez, o primeiro encontro, o primeiro olhar, o primeiro beijo... apagar a mente, deixar a lógica de lado, recordar estar presente, lembrar estar mindful, sentir cada sentir com a mente e coração de criança: a liberdade da mente, a magia do amor... corpos relaxados, mentes satisfeitas, corações plenos... e a partir desse espaço de abundância, conectarmos! Fundir o nosso amor, expandir a nossa paixão, abrir a nossa consciência! E assim foi...