Diário
sábado 19 de agosto, 2017
Como se fosse a primeira vez...
Ana Taboada

Já lá vai uma semana de férias com bom sol, mar e, principalmente, descanso. A cada dia que passa sentimo-nos mais próximos, íntimos e cúmplices de uma vida que queremos partilhar a dois.

Há momentos para desabafos, partilhas, curas emocionais... outros só para rir, olhar nos olhos, brincar como duas crianças a explorar a vida com curiosidade e inocência. E em ambas as situações, sentimos que nos amadurecemos como indivíduos e dentro da relação.

Mas com a intensidade dos dias, um começa a exigir do outro o que precisa e começa a ser sentida uma tensão vinda de um vazio sem explicação.

E numa conversa entre dois adultos, concluímos que ambos estávamos a cair em padrões antigos... as mesmas histórias já vividas no passado, com outras pessoas, outras circunstâncias, mas os mesmos jogos emocionais e energéticos e, por isso, em termos absolutos a mesma história, as mesmas emoções.

A polaridade sexual estava novamente a ser comprometida à custa dos nossos medos... um quer amor e, sem saber, cai numa manipulação emocional... o outro agrada apenas para corresponder às expectativas do outro e deixa de ser autêntico... um precisa de espaço, mas deixa de o expressar para não ser mal interpretado... o outro sente a rejeição e sente-se não amado... E num ciclo de mal entendidos que crescem num espaço sem autenticidade, centrado no medo, nasce uma bola de neve de irritabilidade, emoções desprovidas de amor e uma tensão que não nos permite relaxar na nossa essência sexual – aquela que nos faz sentir atração um pelo outro.

Mas a empatia, compaixão e amor faz-nos abrir à vulnerabilidade, rendermo-nos aos sentimentos mais puros que nos unem, cedermos os nossos egos.

Numa comunicação onde já existe um conhecimento e sabedoria sobre o que é a polaridade, autenticidade, intimidade e maturidade, abrimo-nos a um espaço para entendermos o que está a falhar. E em abertura total expressamos quais as nossas necessidades, os nossos medos e os nossos desejos...

No final, estávamos mais relaxados, a tensão diminuiu, mas as necessidades continuavam... decidimos tirar o dia para cada um em separado. E cada um seria responsável por se auto-nutrir a todos os níveis: físico-energético-emocional-mental.

Combinamos um ponto de encontro para irmos jantar e termos uma noite romântica. Prometemos não termos expectativas para essa noite e o nosso único compromisso era encontrarmo-nos como se fosse a primeira vez, o primeiro encontro, o primeiro olhar, o primeiro beijo... apagar a mente, deixar a lógica de lado, recordar estar presente, lembrar estar mindful, sentir cada sentir com a mente e coração de criança: a liberdade da mente, a magia do amor... corpos relaxados, mentes satisfeitas, corações plenos... e a partir desse espaço de abundância, conectarmos! Fundir o nosso amor, expandir a nossa paixão, abrir a nossa consciência! E assim foi...

Escreve um comentário
Cristina Feliciano
Momentos que nos chamam para o aqui e agora... Que nos voltam a despertar para a nossa verdadeira Natureza... Momentos que longe de separar do outro, aprofundam ainda mais a conexão com o outro, pois se nos chamam novamente para o mais profundo de nós, também nos conectam mais com o mais profundo do outro... É o aprofundar do Amor, mesmo que aparentemente possa parecer o contrário. É mergulhar cada vez mais fundo dentro de nós e ir lá buscar tudo o que sempre fomos e regressar novamente ainda com mais Vida, com mais frescura e novidade e partilhar e celebrar com o outro a originalidade, o novo, o fresco, a caixinha mágica de maravilhosas e novas surpresas que a Vida tem sempre para dar...
Por favor indica o teu primeiro nome
Por favor indica o teu último nome
Por favor indica o teu Email
Por favor indica o assunto
Por favor indica o teu comentário
*Campos Obrigatórios
Comentário submetido com sucesso!
Silvia Filipe
Lindo Ana... Li o seu artigo e não há dúvidas, é perfeita a sua análise, conseguiu expressar por palavra aquilo que muitas vezes sentimos, e não expressamos, as relações as rotinas, a necessidade de controlo que é humano... Obrigada por partilhar os seus pensamentos e aquilo que vai conseguindo gerir na sua vida.
Por favor indica o teu primeiro nome
Por favor indica o teu último nome
Por favor indica o teu Email
Por favor indica o assunto
Por favor indica o teu comentário
*Campos Obrigatórios
Comentário submetido com sucesso!
maria ines raposo
ana olá, como estás? alegra-me e agradeço-te o teres partilhado esta experiencia; apesar de não ter sido eu a vivê-la, consigo identificar, reconhecer e compreender tudo o que dizes. O realismo, rigor e autenticidade são coerentes com o que te vais propondo fazer. Ao mesmo tempo tiveram a oportunidade de por em prática oq ue aprenderam e conheceram na teoria. É um passo firme nas escolhas conscientes que vamos fazendo a cada momento no dia a dia na criação de um viver mais no aqui e agora, sem medos, com abertura e confiança. E acho notável a vontade, interesse e capacidade para comunicarem REALMENTE apesar de desconfortos, constrangimentos, receios, padrões de pensamento, hábitos da mente. Aprecio mesmo a tua genuidade, generosidade, autenticidade e capacidade de viveres desta forma e partilhares connosco, é uma inspiração e exemplo. Gostaria de felicitá-los aos dois por se disponibilizarem a conhecer e viver o amor assim bem como curarem o que é necessário. Grata, abraço
Por favor indica o teu primeiro nome
Por favor indica o teu último nome
Por favor indica o teu Email
Por favor indica o assunto
Por favor indica o teu comentário
*Campos Obrigatórios
Comentário submetido com sucesso!
Sónia Costa
Grata pela partilha. Fez-me MT sentido agora que li, ressoou e tive a sensação que estavas a escrever sobre o que vivenciei com o meu companheiro... Ao ler senti que ao fim ao cabo estamos tão próximos todos, e todos nos confrontamos com questões, dúvidas, medos, padrões, condicionamentos...e quando permitimos que o que nos une, na essência, o amor, emerge e simplifica, cura, transforma, cresce. Grata por ter lido e por lembrar que somos todos um no meio das nossas diversidades. Contente com esta sintonia linda. :) Que o Amor fale sempre mais alto do que a Dor, mesmo quando sussurrado, tem uma força tal, abençoado.
Por favor indica o teu primeiro nome
Por favor indica o teu último nome
Por favor indica o teu Email
Por favor indica o assunto
Por favor indica o teu comentário
*Campos Obrigatórios
Comentário submetido com sucesso!
Por favor indica o teu primeiro nome
Por favor indica o teu último nome
Por favor indica o teu Email
Por favor indica o assunto
Por favor indica o teu comentário
*Campos Obrigatórios